domingo, 18 de fevereiro de 2018

"Para Sempre" - Poema de Carlos Drummond de Andrade dedicado à nossa mãe




Minha mãe; minha melhor amiga; mulher da minha vida... A si dedico este poema de Carlos Drummond de Andrade. Hoje, que o tempo a tem maltratado, apesar de toda a força interior, relembro a mulher brava e lutadora que tem sido sempre ao longo da vida. Vida que agora teima em deixá-la mais frágil apesar da sua força de viver. "Mãe", palavra cara a todo o ser humano, não é por isso excepção... A força que hoje lhe vai faltando terá de a encontrar, ainda que seja em nós seus filhos que lhe devem muito mais que a própria vida...

Para Sempre


Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.


(Poema de Carlos Drummond de Andrade; Imagem retirada da NET)



 "Com três letrinhas apena
Se escreve a palavra MÃE
      É das palavras mais pequenas
 A maior que o Mundo tem"

Pequeno poema que aprendemos na escola primária e que, mesmo em adultos,  é uma referência... Hoje, aprendemos outras palavras pequenas, mas aquela obriga-nos a dizer: __ Obrigada/o pelo colo que nos foi dando ao longo de uma vida.


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