quinta-feira, 30 de março de 2017

CANCRO DA MAMA - O PÓS-OPERATÓRIO




Fundação Champalimaud - 29/3/17



O dia estava de sol numa Primavera radiosa. Fui à primeira consulta de enfermagem após a alta. Estava tudo bem, embora ainda apresentasse algumas equimoses, algum inchaço e incómodo nas zonas mexidas na cirurgia e zonas envolventes.

O meu receio quanto ao pós-operatório foi ultrapassado.

Fiquei a saber que logo após a cirurgia, não se pode beber nada de líquidos, apenas o molhar os lábios secos com uma esponjinha, só depois um chazinho; o chazinho acompanhado de uma torrada, uma fruta cozida e/ou um iogurte; e, só bastante mais tarde, a comida normal. Aliás uma comida variada e equilibrada, que, no hospital, apesar de ser de dieta moderada era óptima. Tudo isto por causa da anestesia e do tempo que se ficou em jejum antes da cirurgia, provavelmente.

No hospital, a medicação para as dores, anti-inflamatório e o antibiótico, eram ministradas através do soro até a alta se aproximar, altura em que passei a tomar o analgésico e o antibiótico via oral. Medicação essa que continuou em casa. Assim, não tive quase dores nas zonas operadas ou de inserção do tubo do dreno , apenas umas picadas e um incómodo normal depois de tanta mexida na mama e na axila. O incómodo maior sinto-o na zona de atrito provocado pela movimentação do braço, não sendo coisa que o tempo e algum descanso do mesmo não cure.




Massagens ligeiras sobre a mama; gelo durante aproximadamente três dias em casa depois da alta; mudança do penso com bastante creme desinfectante e hidratante sobre as suturas e zonas afectadas; manutenção de um sutiã com abertura à frente de dia e de noite; descanso e paciência, para além de não se fazerem esforços com o braço, são os requisitos para uma recuperação que se quer rápida.

Sei que tive e tenho muitas ajudas, mas o pós-operatório não é assim tão medonho. E, o saber que desta forma as primeiras etapas de combate à doença estão passadas, dão uma confiança que nos ajuda enfrentar com mais força esta fase. Vamos ver como evolui agora.

Continuo firme na minha convicção de que o importante é detectar-se a tempo a existência do cancro pois, numa fase precoce, a intervenção a fazer-se é tolerável. E, assim, esta palavra tão assustadora, deixa de ter tão grande impacto.   



  

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