segunda-feira, 14 de março de 2016

O FORTE DE SÃO JULIÃO DA BARRA - ( OEIRAS / PORTUGAL )






Passamos ao largo daquele monumento sóbrio e linear que ostenta orgulhosamente a nossa bandeira portuguesa e perguntamo-nos sobre o seu passado e o seu presente.

Aqui está em breves linhas o que fui descobrir naquela "enciclopédia" hoje disponível para todos nós que é a NET...

Considerado no passado como o Escudo do Reino, então a maior fortificação marítima no país, tinha originalmente, em conjunto com o  Forte de São Lourenço do Bugio, com quem cooperava, a função de controle da entrada e saída das embarcações na barra do rio Tejo e o acesso ao porto de Lisboa.
Actualmente, é a residência oficial do Ministro da Defesa Nacional de Portugal.





O forte de São Julião da Barra surgiu a partir da construção de uma fortificação na ponta do Cabo de São Gião, onde existiria uma ermida sob a invocação de São Gião, na margem direita da barra do rio Tejo, e que foi recomendada por D. Manuel I (1495-1521) a seu filho e sucessor, D. João III (1521-1557).
A defesa do porto e cidade de Lisboa passaria a ser constituída por um complexo defensivo integrado pela Torre, depois Forte de São Lourenço do Bugio, num banco de areia a meio da foz, com quem cruzava fogos, fechando a barra do Tejo, complementado pela Praça-forte de Cascais, como guarda avançada na margem direita da foz, e pelas Torre de Belém (margem direita) e Torre Velha da Caparica (margem esquerda) como defesa última do porto de Lisboa.
Ao longo do tempo foi sofrendo muitas alterações tanto em termos arquitectónicos como de utilização, participando em vários episódios da história de Portugal.  Como, no século XIX, quando do início da Guerra Peninsular, as tropas francesas de Napoleão Bonaparte, sob o comando do general Jean-Andoche Junot alcançaram os limites de Lisboa a 30 de Novembro de 1807 e a vila de Oeiras e o Forte de São Julião foram transformados em Quartel-General das tropas de ocupação francesas sob o comando do general Jean-Pierre Travot . Ou, durante a Guerra Civil Portuguesa (1828-1834), ao ser alvo do fogo da artilharia  da esquadra francesa que, sob o comando do almirante Albin Roussin, forçou a barra do Tejo (1831).
A par das funções de defensa, no período da dinastia filipina, a partir de 1597 as instalações da fortificação passaram a ser utilizadas como prisão política do Estado português. À época do consulado pombalino, a partir de 1759, serviu para encarcerar mais de uma centena de jesuítas, por exemplo .
Tendo perdido as funções defensivas, diante da evolução dos meios bélicos, mas sempre ocupado como prisão política e farol, em meados do século XX foi desclassificado como fortificação militar e entregue à presidência do Conselho para ser adaptado para a recepção de membros do governo e pousada de visitantes ilustres (1951). Já no exercício dessas funções, foi utilizada para a recepção do general norte-americano Dwight David Eisenhower (1951) e na do marechal britânico Bernard Law Montgomery (1952), heróis da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A partir de então, os antigos quartéis foram adaptados para o uso civil como salões, sala de jantar e biblioteca.
Actualmente, é pertença do Estado da Defesa Nacional. Só está aberto ao público mediante marcação prévia e disponibilidade do próprio forte.


(Informações retiradas da NET, Fotografias tiradas em Março de 2016)


(Foto retirada da NET) 

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