Oeiras 2014
"Correio electrónico" __ Uma forma de comunicar. É mais imediato, é directo, é espontâneo, promove a imagem e o som, chega na altura certa porque está sempre lá... Não é preciso tocar à campainha.
Nós ainda nascemos no século XX, altura do correio tradicional. Uma folha de papel e o seu cheiro, uma caneta e a sua cor, o envelope cuidadosamente preenchido, o selo variado que se podia coleccionar, a forma da letra... Tudo ingredientes que lhe davam outro sabor e exclusividade... Cartas guardas que vencem a passagem dos anos e relembram quem, por vezes, já partiu, a data festiva, a amizade esquecida. Cartas que carregam a raiva ou o carinho de quem as escreveu... a indiferença do fisco, a alegria da novidade que hoje já é passado ou se tornou presente. A promessa que se deseja cumprida ou a ameaça que trouxe ansiedade... o desenho e a frase que arrancam sorrisos da terna lembrança, da inocência da criança que entretanto se fez adulto... A assinatura por mão própria...
Estação de Oeiras- Portugal - 2014
Mas o "correio electrónico", que não está isento de alguns riscos, é também entusiasmante e muito à século XXI. As ideias, as imagens, os sons saem do nosso teclado e partem mundo fora ao encontro de quem nós queremos e está longe ou, às vezes, tão perto... É uma janela aberta para um mundo que, frequentemente, desconhecemos. É uma forma de quebrar o isolamento numa partilha que esperamos seja bem vinda. É um mundo novo que se abre na "caixinha" que temos à frente de nós, o embarcar numa aventura de desafios que podem ter riscos mas também nos trazem prazer...
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